O Vascaíno

20/01/2010 

O tricolor se orgulha da sua historia do Pó-de-arroz, símbolo de um fascismo, de serem Elite, que se perpetua na imagem nos dias de hoje que eles mesmos se intitulam como a torcida Playboy; E é isso mesmo que são, elite, minoria. Para não dizerem que não conquistaram nada, vêm com um papo de que são detentores da Taça Olímpica(?) de 1900 e alguma coisa, que nem campeonato é.

O botafoguense pra não ficar sem ter o que dizer, jura que seu escudo é o mais bonito(?) do mundo e tenta elevar essa suposta eleição de beleza em um título brasileiro. Mencionam Garrincha e seleções brasileiras do passado e juram que eles são os exclusivos responsáveis pelo sucesso canarinho há muito tempo. Sua torcida também se trata de uma minoria.

O flamenguista vai citar campeonatos importantes, só não vai detalhar como venceu porque terá que citar erros de arbitragens, roubos de arbitragens e a força da flapress na manipulação e na fabricação de um time populoso. Sem essas interferências externas, no campo teriam metade do que conseguiram conquistar.

O Vascaíno irrompe em 1923 na 1ª divisão já sendo campeão, luta pela participação popular no futebol, indo contra a segregação social, tendo já em sua história um presidente mulato em 1904/1905, levanta São Januário, sai do país e traz, invicto, o Sulamericano de clubes 1948, constrói uma imensa torcida, imortaliza a faixa diagonal e a cruz–de-malta no seu uniforme com seu rico e histórico significado; em toda sua existência, federação e imprensa na maioria dos episódios jogando contra, muita história se passa, em 1998 conquista a Libertadores, 2000 o Tetrabrasileiro e a virada histórica na Mercosul, um 3x0 que terminou 4x3. Mais do que nunca, o Vasco incomoda muita gente; Mas lembram? O time escolhido para ser o mais querido e popular foi o rival; o Vasco precisava ser batido, sua importância tinha que ser minimizada, seu sucesso apagava o rival. O Vasco é popular e tem história forte de luta, o Vasco representa o único no Estado capaz de fazer frente ao protegido pelo império da comunicação. 30% do Rio é Vasco, eles se sentem ameaçados; Mas eles sempre tiveram força na mídia, e são várias as ações realizadas: mais espaço é dado a eles; a tradicional perseguição ao Vasco se camufla na perseguição ao ex-presidente; promove o Fla-Flu; o queridinho da mídia está um bom tempo sem conquistas grandes, é preciso fabricar mais um título para eles, estaduais não tão sendo suficientes; arrancadas do time são patrocinadas (Em 10 rodadas, 8 jogando no Maracanã, adiamento de jogos no Pan, exaustiva propaganda e euforia com a chegada do time ao G4) ano após ano até que surge a chance do título nacional, e mais um capítulo da história no campo deles se repetirá, dessa vez entregação de jogos, corpo mole para o queridinho que vai ser acobertado pelo Império de comunicação, que vai publicar: “é o campeonato mais disputado dos últimos anos”; pesquisas de torcida são realizadas, dessa vez eles apelaram: querem fazer acreditar que o Vasco tem sua torcida diminuída praticamente ao tamanho dos outros 2 times “grandes” cariocas, aquele tri-rebaixado tricolor do tapetão, e o time do escudo bonitinho(?), o time simpático alvinegro.

O nosso orgulho de ser Vascaíno não está somente e simplesmente na resposta dos torcedores de outros times: “sou tal time porque meu pai também era”, “sou tal time porque ganhou tal campeonato”, “me vestiram a camisa do time quando criança’’, nosso orgulho de ser Vasco da Gama tem um significado amplo que abrange a várias significações, como pioneirismo, inclusão, dedicação, subversão ao sistema e luta, e todas nossas conquistas vieram desse arsenal de significados da nossa razão de ser Vasco.

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