O Vasco e os outros

Quando se fizer uma pesquisa sobre os clubes de futebol do Rio de Janeiro, é melhor separá-la em duas partes: uma exclusiva para o Club de Regatas Vasco da Gama e outra para os restantes. A começar pelo nome. Os outros nasceram de vocações bairristas, por isso nomes com referências que não ultrapassam o estado onde surgiram. O Vasco não. O Vasco tem nome e sobrenome. Da difícil escolha a ser feita, durante a fundação do Club, de um nome que representasse uma colônia, mas ao mesmo tempo não segregasse pessoas que não pertencessem à ela, surgiu a solução inusitada de um nome próprio. Nome de um herói, cuja existência foi real, mas sua história o fez mito, que a herança portuguesa deixou nessas terras em meio a tantos outros. Vasco da Gama. O irônico é que, mesmo com sobrenome, a torcida cruzmaltina é a única que não precisa recorrer a apelidos, amputando sílabas aleatoriamente para formar monossílabos e dissílabos que caibam em seus gritos. O nome Vasco pode ser cantado sem maiores dificuldades, e possui um “a” de pronúncia aberta, sempre abafando os nomes com as outras vogais na batalha dos gritos nos estádios. Váááááááááásco! Os outros clubes são identificados por suas cores. Infelizmente para eles há centenas de outros clubes espalhados pelo mundo com as mesmas cores – por isso esses adjetivos nunca são suficientes. O Vasco não. O Vasco traz na adjetivação de tudo que se relaciona e ele o seu símbolo, resultando numa qualidade que não deixa dúvidas quando proferida: Cruzmaltino. Em meio a tantos alvinegros, rubro-negros, tricolores e multicolores que surgiram, há um Clube com um símbolo tão forte que sobrepujou suas cores, e é através dele que se dá sua identidade. Os outros clubes surgiram com vergonha de suas origens. Foram fundados pela elite fascista, que tinha vergonha de ser brasileira de origem portuguesa, desejando ser inglesa ou alemã. Se pudessem erradicariam da cidade aqueles milhares de escravos libertos e seus descendentes. O Vasco não. O Vasco traz o orgulho de suas origens: lusitana no nome, suburbana em sua localização e negra em sua história. Ao contrário do que se diz, não foi somente o primeiro clube a acolher jogadores negros, mas foi um dos primeiros lugares onde todos os brasileiros tiveram voz de forma igual. Chegando ao ponto de eleger, ainda no início do século, um presidente negro. É inegável que a ideia de um Brasil igualitário, que todos sonhamos a ainda buscamos construir, teve sua origem no Club de Regatas Vasco da Gama. Os outros clubes sempre tiveram toda a benevolência do Estado, em todos os seus níveis, para alcançarem seus objetivos. Através de relações promíscuas com o poder e com a imprensa, conseguiram terrenos, financiamentos, e diversos outros favores para aumentar seus patrimônios e torcidas. O Vasco não. O Vasco sempre teve tudo contra si: Estado, imprensa e federações. Sedes foram demolidas, campanhas difamatórias foram feitas e nenhum passo foi facilitado, mesmo quando o resultado seria benéfico para toda cidade. O maior exemplo: a construção de São Januário. Nenhum clube tem uma relação tão forte com seu estádio. Contrariando a lógica que foi aplicada aos outros clubes, nenhum centavo de dinheiro público foi aplicado na construção da casa cruzmaltina. A exigência, por parte dos clubes elitistas, de se ter um estádio próprio para poder competir, fez nascer um dos exemplos mais lindos que se tem notícia de mobilização popular. A enorme quantidade de mãos que participaram daquela obra, de maneiras diversas, tem reflexos 80 anos depois, quando jovens demonstram amor por cada tijolo que compõe o Gigante da Colina. Por tudo isso o Club de regatas Vasco da Gama é diferente: por ser um sobrevivente que resistiu ao centenário graças exclusivamente aos cruzmaltinos. Títulos podem surgir aos montes, em uma década de sucesso um clube pode ser incluído entre os mais vencedores de todos os tempos. Mas história, origem e trajetória não podem ser conquistadas ou compradas. E é por isso que qualquer outra instituição esportiva, mesmo com dezenas de campeonatos mundiais conquistados, quando se deparar com o Club de Regatas Vasco da Gama deve ter a consciência de estar contemplando o maior Club do Brasil.

Vasco x Flamengo

Vasco e Flamengo duelam desde o final do século XIX, ainda nas regatas. Em 1900, a embarcação vascaína saiu vencedora no páreo que levava o nome do rival. Em 1904, o Vasco elegeu seu primeiro presidente mulato, uma afronta à elite rubro-negra e a seus co-irmãos. Em 1923, a rivalidade chega ao futebol, quando o esnobado time de negros passa a ser invejado e combatido ao conquistar o título mais importante do país, o campeonato da capital federal.

Surge, também, naquele ano, a torcida arco-íris, formada pela união dos derrotados dispostos a impedir que o Vasco se sagrasse campeão invicto. Nas Laranjeiras, tendo seu gol de empate anulado pelo árbitro Carlito Rocha do Botafogo, o Vasco é derrotado pelos flamenguistas, que saíram em passeata até a Lapa, acompanhados por tricolores e botafoguenses, comemorando o feito como um título. Em frente ao restaurante Capela, reduto vascaíno, briga generalizada e a consolidação da rivalidade que passaria para fora do campo, com Vasco e Flamengo em lados opostos. 

Desde então, os rubro-negros incrementaram seu arco-íris, com Fla-Madrid (98), Fla-Manchester (00), Fla-Ritiba, Fla-Coxa (11), entre outras. Esta rivalidade tem sido benéfica para ambos, principalmente, comercialmente. Ser odiado pelos flamenguistas significa termos a torcida contrária de supostos 30 milhões de rubro-negros; são mais flamenguistas na frente da TV, maior audiência em nossos jogos e maior valor do espaço publicitário de nossa camisa.

Porém, infelizmente, nos últimos anos, a rivalidade entre Vasco e Flamengo passou a se sustentar apenas pelas bravatas. A antiga diretoria não conseguiu rivalizar com os rubro-negros nas últimas decisões, então, optavam apenas por manter a rivalidade por meio de discursos provocativos e inoportunos, às vésperas das finais.

A data 4 de setembro de 1938 é histórica para nosso rival. Foi o dia da inauguração do Estádio da Gávea, a casa rubro-negra. Dia em que os flamenguistas tiveram a oportunidade de presenciar um belíssimo espetáculo de futebol. O Vasco foi o convidado e derrotou o anfitrião por 2 a 0. Mais um motivo para parabenizá-los. 

44-52 – Na época do Expresso da Vitória do Vasco, os cruzmaltinos e rubro-negros disputaram 31 partidas. O Vasco venceu 20 e perdeu 4. O Vasco estabeleceu um recorde que, para Assaf & Martins (1999, p. 24), dificilmente será superado, permanecendo por vinte jogos consecutivos sem perder do Flamengo. O drama rubro-negro começou a 13 de maio de 1945 e acabou a 16 de setembro de 1951, ou seja, durou seis anos, cinco meses e oito dias. 

1958 – O Vasco conquista o título de Super-Super Campeão Carioca de 58, vencido após dois triangulares finais contra Botafogo e Flamengo. No que foi chamado pela revista Manchete Esportiva de “Ano de Ouro”, o campeonato carioca de 1958 terminou com três times empatados no número de pontos. Então Vasco, Botafogo e Flamengo jogaram um triangular para decidir quem seria o campeão. No entanto, a igualdade permaneceu e um novo triangular foi disputado. O jogo do título foi contra o Flamengo. Vasco 2x0 Flamengo no Supercampeonato, e Vasco 1x1 Flamengo, já no Super-Supercampeonato!

O Vasco conquista também, em 1958, o Torneio Rio-SP, tendo como ilustre vice, o Flamengo. No Clássico dos milhões, os dois times ainda disputavam o título. Vasco 1x1 Flamengo e nada decidido na tabela. Na rodada seguinte, o Flamengo toma um sacode do Corinthians: 3x0. O Vasco então foi para o seu último jogo, contra a Portuguesa, fora de casa. Resultado: Vasco 5 x 1 Portuguesa. Com essa vitória se confirma o vice-campeonato flamenguista, e o título vascaíno!

1982“No peito, na raça, na valentia, na garra, coragem e na técnica o Vasco foi o grande campeão de 82. De fato e de direito. O Flamengo tentou tudo, mas os seus principais jogadores voltaram a atuar mal [...]. O Vasco estava avassalador, imbatível. Estava preparado para ser um grande campeão. Valeu, Vasco: o futebol também é coração e tudo isso você mostrou aos quase 120 mil torcedores” (Wilson de Carvalho, Jornal dos Sports). 

“Foi uma vitória justíssima do Vasco, que mereceu conquistar o campeonato. De repente, na véspera da decisão, Lopes muda cinco jogadores porque o time não inspirava confiança ao técnico. Mudou meio time. [...] e o Vasco foi o campeão, mudando todo o enredo que haviam preparado” (Washington Rodrigues, Jornal dos Sports). 

“Do excelente goleiro Acácio ao ponta-esquerda Jerson, o time jogou como se deve fazer numa decisão. [...]. Um destaque especial merece, porem, o técnico Antônio Lopes. Sua corajosa decisão de mudar metade do time na hora das finais, que assustou alguns e foi criticada por muitos, teve extraordinária influencia nessa conquista” (Sandro Moreyra, Jornal do Brasil). 

Acácio coloca a bola em jogo pra Ernani, que dá uma caneta em Andrade e parte pela esquerda em velocidade, deixando Leandro pra trás. Em seguida toca pro Dinamite que rapidamente devolve pra Ernani mais a frente, que invade a área, chuta e Raul espalma; A bola vai na rede pelo lado de fora! Pedrinho Gaúcho cobra o corner; Marquinho se aproxima da primeira trave, sobe e marca! Era 5 de dezembro, e o campeão foi o Vasco! 

Vasco 3x1 Flamengo (Taça Rio) 
Vasco 1x0 Flamengo (Final) (Marquinho aos 3' do 2º tempo) 

1988 – Para a eufórica torcida vascaína, que gritava "bicampeão" o jogo todo, o melhor ainda estava por vir. Cocada, lateral-direito que fora dispensado anos antes pelo Flamengo, entrava em campo aos 41 minutos do segundo tempo para substituir Vivinho. Aos 44, ficou livre com a bola na lateral e partiu em contra-ataque com todo o fôlego. Na entrada da área driblou Edinho na corrida e desferiu um violento chute de pé esquerdo no ângulo do goleiro Zé Carlos. Vasco 1 x 0. Na comemoração, Cocada tirou a camisa e foi gozar os flamenguistas no banco de reserva! Palavras do Cocada: “Ah, eu e o Bismarck apertamo o Leonardo; ele tentou me driblar, perdeu pro Bismarck; Eu saí em disparada nas costas dele. Bismarck lançou, o Edinho correu comigo e me deu o fundo; eu fiz que fui e cortei pra dentro, chutei de esquerda e nem vi, quando eu olhei a bola tava lá dentro!”

Vasco 1x0 Flamengo (Taça Rio) 
Vasco 3x1 Flamengo (3º Turno) 
Vasco 2x1 Flamengo (Final) 
Vasco 1x0 Flamengo (Final) (Cocada aos 44') 

1997 – Eliminação do urubu do Brasileirão e mais um passo para o Vasco ser campeão brasileiro! Edmundo entortou o time flamenguista e bateu o recorde de artilharia do campeonato com 29 gols, ao marcar 3 naquela noite de 3 de dezembro.

Vasco 1x0 Flamengo (1ª Fase) 
Vasco 1x1 Flamengo (Quadrangular Semifinal) 
Vasco 4x1 Flamengo (Quadrangular Semifinal) 

2000 – Em 23 de abril, outra data histórica. Decisão na Páscoa, jogo nervoso, não faltou confusões e expulsões. Romário voltava pra casa; Pedrinho humilha Rodrigo Mendes, caneta o rubro-negro e sofre pênalti! A noite é Vascaína! Pedrinho converte em gol a cobrança e parte pra uma memorável comemoração, seguido por companheiros: pediu silencio a urubulândia, e com gestos, silenciava metade do estádio! Não me lembro ao certo, mas em sua direção voaram chinelos e outros objetos não identificados daquela torcida derrotada. Confusões se seguiram naquela partida, qualquer lance habilidoso vascaíno era motivo de briga para os rubro-negros. Pedrinho, conduzindo a bola, a partir do meio de campo em direção ao campo flamenguista, faz umas embaixadas para conduzir mais rapidamente e manter a bola em sua posse. Os flamenguistas entenderam errado! Juan chegou violentamente com uma enorme tesoura pra cima do vascaíno. O juiz apenas deu um cartão amarelo pro criminoso. Leandro Ávila, Fabio Baiano, Beto e CIA foram pra cima do Pedrinho tirar satisfação! Tumultuaram o jogo após a virada vascaína, e impediram um placar maior. Depois que o Romário chutou uma bela bola da grande área no ângulo do gol de Clemer, o Flamengo não viu mais a bola; e assistiu o Vasco o botar na roda. Com 20 minutos do 2º tempo, a Flamengada já vazava do Maraca. Felipe deu um passe de letra ligando um contra-ataque vascaíno que quase resulta em gol. No final do jogo, Amaral quase marca o sexto gol, colocando uma bola por cobertura no goleiro, que estala no travessão! Ficou barato, Vasco 5 x 1 Flamengo, e a torcida vascaína antes do jogo já saboreava o chocolate! 40 mil ovos de páscoa nas mãos dos vascaínos!

*Algumas informações deste texto foram obtidas no site Supervasco.

(Ramon. Em Vasco 2x1 Flamengo - Brasileirão 2002)

Vasco x Globo

Após a quebra do alambrado de São Januário na decisão contra o São Caetano, dia 30 de Dezembro de 2000, a partida teve que ser remarcada, e o jogo aconteceu em 18 de Janeiro de 2001. O logo do SBT entrou no lugar da ACE. Vários foram os motivos de Eurico Miranda estampar o logo do SBT, e os principais foram a Rede Globo solicitar que o titulo fosse entregue a equipe do São Caetano e as reportagens tendenciosas contra a equipe do Vasco da Gama. A Rede Globo foi obrigada a mostrar o logo de sua principal concorrente na época por mais de 2 horas. Após este episódio a emissora sufocou financeiramente o Vasco por mais de 3 anos referentes a pagamentos de direitos de televisão que é repassado aos clubes, além de ser prejudicado dentro de campo por um longo tempo.

Abaixo depoimento de Eurico Miranda à CPI do futebol em 31 de Janeiro de 2001: 

"Vítima de perseguições e cansado das calúnias lançadas sobre si, quis o Vasco prestar uma singela homenagem a quem, nas últimas décadas, tem sido permanentemente exemplo de luta contra o monopólio da TV e das informações; a quem tem lutado contra tudo e contra todos para continuar funcionando, e continuar exercendo a verdadeira livre imprensa. Tendo sido caluniado, quis o Vasco homenagear quem não o caluniou. Tendo sido vítima de uma odiosa campanha de perseguição, a partir da desinformação e até mesmo da edição de imagens, quis o Vasco homenagear quem dá à opinião pública a verdade dos fatos para que ela os julgue. Não podendo acabar com o monopólio, não tendo como impedir que se minta ao povo sob o disfarce da liberdade de imprensa, quis o Vasco homenagear uma rede de televisão e seu fundador que notoriamente se caracterizam e se afirmam no plano nacional justamente porque representam o contrário de tudo isso. Foi por esse motivo que o Vasco estampou no uniforme de seus atletas, para aquela partida tão especial, a logomarca do SBT. Sem poder acabar com o que há de ruim, quis homenagear o que há de bom. Sem qualquer fim de lucro, queria o Vasco homenagear o SBT e seu fundador, o Sr. Silvio Santos. Sendo um clube de luta, sempre ligado às camadas pobres da população, quis o Vasco divulgar ao mundo todo que assistia aquela partida o que há de bom, o que há de correto. A camisa do Vasco é, na verdade, o espelho da alma dos milhões de vascaínos que, naquele momento, homenageavam o Sr. Silvio Santos e sua rede de televisão. E isso ficou ainda mais evidente nas músicas cantadas pela torcida em todo o estádio, músicas de exaltação ao SBT, aos seus programas e, sobretudo, ao seu presidente. Se não pode acabar com o que há de ruim, quer o Vasco homenagear o que há de bom. E não há lei que proíba isso. Não pode haver nada de errado em se divulgar graciosamente o que alguém representa de melhor para milhões de telespectadores que assistiam aquele jogo. Normalmente o homenageado é quem agradece. Dadas as circunstâncias que a motivaram, despede-se o Vasco honrado por ter podido lhes prestar esta homenagem. 

Atenciosamente, 

Eurico Miranda"


São Januário e a Torcida Vascaína

Jorge Luiz Medeiros Braga

Nos anos 1920 eclodiram vários movimentos políticos, artísticos e sociais que visavam romper com um Brasil arcaico e historicamente marcado por exclusões estruturais. Nessa época, o futebol encontraria na construção do estádio de São Januário um sinal claro de que todas as mudanças desejadas chegariam também ao futebol. Podemos identificar nesta grande obra uma antecipação do processo de popularização e de massificação do futebol, consolidado nos anos 1940, quando grandes públicos formavam parte imprescindível do cenário deste esporte no Brasil.

Tudo começou com a vitória do Vasco no campeonato de 1923, um título inédito para um clube que não pertencia à elite do futebol, provocando uma reviravolta, pois até então o Fluminense (maior vencedor de campeonatos) tinha como principais adversários Flamengo, Botafogo e América. Estes venceram praticamente todos os campeonatos e conseguiam reunir as maiores torcidas da cidade.

O advento do Vasco da Gama como um novo forte rival no futebol carioca, fez com que junto das três maiores torcidas (Flamengo, Fluminense e Botafogo), fosse incluída a torcida vascaína. Embora a rivalidade entre Vasco e Flamengo tenha suas origens no remo desde o final do século XIX, o certo é que somente quando o Vasco entrou para a elite do futebol carioca em 1923, que o confronto ganharia contornos épicos jamais vistos nas regatas, ainda que o remo mobilizasse fortes paixões.

[...]

O Vasco montou um time de futebol somente em 1916, depois de se tornar importante como um clube de remo (fundado em 1898). Durante 6 anos, o clube disputou campeonatos na terceira e segunda divisão, não crescendo muito sua torcida. No entanto, bastou o clube ingressar na primeira divisão (1923) com um time forte que vencia adversários após adversários, para a torcida ser adotada pelos brasileiros e pela comunidade portuguesa que identificou no time o seu representante no esporte: "Quanto mais o Vasco vencia, mas os campos se enchiam. Até o estádio do Fluminense ficou pequeno".

[...]

O jornalista Mário Filho, nesta passagem, reproduz o preconceito dos sócios dos grandes clubes ao caracterizar a torcida do Vasco como a "torcida dos portugueses". Era a maneira como os clubes da zona sul, formados por brancos elitistas e racistas, encontravam para descaracterizar o seu rival. Seria mais fácil identificar um confronto entre Brasil e Portugal, metrópole e colônia, que assumir preconceitos raciais e sociais dos clubes grandes, vencedores de todas as competições até 1922. Para o geógrafo Fernando Ferreira, a discriminação sofrida pelos jogadores e torcedores do Vasco tinha várias origens: "A campanha empreendida contra o Vasco da Gama possuía um caráter muito mais amplo do que se costuma divulgar, sendo possuidora de um cunho racista, elitista e xenófobo, representado pela perseguição à "maldita" tríade preto - pobre - português". (FERREIRA, 2004, p.45).

O time do Vasco campeão provocou uma mudança estrutural no comportamento dos torcedores. As rivalidades se acentuaram, as tensões latentes na sociedade se afloraram, revelando que o desemprego e a presença de imigrantes acirravam os ânimos. O público ia ao estádio para cobrar dos seus jogadores todo o empenho para não deixar o Vasco vencer:

"Antes do Vasco, a torcida era toda respeito. A prova está em 1924, o Vasco fora da AMEA. Um jogador enterrando o time e a torcida pedindo a deus para que ele saísse de campo, não querendo, porém ofendê-lo de jeito nenhum. Havia uma maneira delicada de avisar o clube que o jogador precisava ser substituído, para evitar a derrota, de pedir que cedesse o lugar ao outro. Era Olha o telefone! (...) nada de insultos. Com o Vasco na AMEA, porém, o torcedor não podia dar-se a esse luxo de amabilidades. Se um jogador estava jogando mal tinha de sair logo, o mais depressa possível, senão o Vasco acabava ganhando o jogo. Os jogadores começaram a ouvir gritos, descomposturas, o torcedor se justificando que pagara a entrada" (RODRIGUES FILHO, op. cit., p. 140).

Muitas foram as formas de impedir um novo clube grande e com uma torcida em ascensão e motivada. Para tanto foram lançados vários recursos para isolar o Vasco formando uma nova liga, a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA), e excluindo o Vasco (em 1924 - quando foi bicampeão invicto). Um outro motivo alegado é que ele não tinha estádio para jogar.

O Vasco da Gama ingressa na AMEA em 1925 após o convite dos próprios dirigentes desta entidade carioca de futebol, preocupados ao constatarem que, comparando os campeonatos de 1924 da AMEA e o da LMDT (Liga Metropolitana de Desportes Terrestres), a renda dos jogos da LMTD em 1924 foi maior (com a presença principal do Vasco) que a renda dos jogos da AMEA (FRANZINI, 2003). O comparecimento em peso da torcida vascaína nos jogos em que o clube acabou por vencer mais um campeonato, comprovou que embora contando com o apoio da Confederação Brasileira de Desportos aos amadores da AMEA, esta estava ameaçada pelo interesse crescente do público nos jogos mais emocionantes. Assim "de nada adiantaria a AMEA o apoio oficial da CBD, se o público nos estádios era bem inferior àquele que assistia aos jogos da LMTD. Se em curto prazo, a AMEA parece vitoriosa, nota-se que o profissionalismo e a profissionalização do futebol ocorreram de forma irreversível" (CALDAS, 1990, p.88). Seria imprescindível para o sucesso do campeonato do ano de 1925 a inclusão do Vasco para a garantia do crescimento da nova liga. No entanto, a aceitação do clube é feita com a condição de que o Vasco não poderia "jogar em casa" (no campo da rua Moraes e Silva) e o clube teria que construir um estádio condizente com o nível dos clubes da AMEA, sendo este um dos argumentos para a exclusão do clube do campeonato de 1924 da AMEA, em vez de reconhecer que os motivos principais estavam no racismo e na preocupação elitista dos dirigentes "parecendo, esta, mais uma das estratégias ad hoc para impedir a participação do Vasco no campeonato de 1924" (SILVA e VOTRE, 2006, p.50). Para Mário Filho (1994) isto fez com que a comunidade lusitana se enchesse de brios diante do argumento de que o Vasco não era clube a altura dos demais por não possuir um estádio em condições de representar clubes da primeira divisão do principal campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro. Foi então que "do campinho da rua Moraes e Silva, o Vasco deu um salto para São Januário (...) hoje o Maracanã não deixa ver direito o esforço gigantesco" (p.79).

Começou assim uma intensa campanha de arrecadação de recursos para a construção do estádio. Listas corriam pela cidade onde pessoas de diferentes estratos sociais contribuíam, uma lista de contribuição que ficou conhecida como a "Campanha dos 10 mil" (RODRIGUES FILHO, 2003, p.88), "o êxito foi tanto que, ao final de 1926, oito mil novos sócios tinham ingressado no clube". Inicialmente foram arrecadados fundos para a compra de um terreno em São Cristóvão. Este bairro foi escolhido por vários motivos. De acordo com o geógrafo Fernando Ferreira, o bairro tinha as características condizentes com a origem do clube bem como de outros fatores que intervieram na escolha do local:

"A relativa proximidade com o antigo campo da Rua Morais e Silva e com a zona portuária, parte da cidade onde o clube fora fundado; a existência de uma numerosa colônia portuguesa em São Cristóvão, composta tanto por moradores quanto por comerciantes e industriais; a identificação do bairro com Portugal, construída desde a chegada da Família Real, em 1º de janeiro de 1809 à Quinta da Boa Vista" (FERREIRA, 2004, p.34).

Mesmo com a proibição de importação de cimento belga imposta pelo então presidente da República em 1926, Washington Luís, garantida um ano antes para a construção do Jockey Club Brasileiro, o clube começou a realizar a obra que iniciou em 6 de Junho de 1926 e concluída em menos de um ano: em 21 de abril de 1927. Inaugurado o estádio do Vasco da Gama, conhecido como estádio de São Januário.

Sendo o jogo inaugural marcado para uma data estratégica de 21 de abril, dia que celebrava a morte de Tiradentes, "herói da inconfidência mineira", "mártir da independência do Brasil", a data expressava o interesse do clube em se firmar como a principal agremiação esportiva da cidade, garantindo traços da nacionalidade e mantendo um pé na tradição lusitana. Contra todos aqueles que afirmavam a origem estrangeira do clube de São Januário, a reação dos sócios e simpatizantes do novo clube ganhava cada vez mais simpatia da população carioca.

Durante a inauguração o próprio presidente do país, Washington Luís, o mesmo que negou permissão de importação do cimento da Bélgica, talvez se penitenciando pelo erro de não acreditar na força de vontade de um grupo de abnegados, apareceu durante a festa.

O jogo inaugural foi contra um clube de São Paulo (Santos), dando uma dimensão nacional para o evento que se realizava, assim como no ano seguinte com a inauguração dos refletores (o primeiro estádio do Brasil a possuir aquela novidade), na partida o convidado foi um clube do Uruguai (bicampeão olímpico na época), o Wanderers.

Nos próximos anos São Januário, com capacidade para 40.000 espectadores, será o maior estádio de futebol do Brasil e da América do Sul. E fonte de identidade coletiva para os torcedores vascaínos, interessados em construir uma representação coletiva positiva de seu clube em função dos preconceitos das torcidas adversárias (SILVA, 2001).

São Januário é um marco no futebol carioca e brasileiro ao simbolizar um monumento de luta contra a discriminação, ao transformar um palco coletivo de exibição esportiva em um lugar que encarnava as disputas simbólicas que se travavam em torno do futebol e da sociedade brasileira no final dos anos 1920. Uma resposta clara contra seus adversários, especialmente contra os clubes da zona sul, como o Fluminense, que possuía o maior estádio do Rio de Janeiro, construído em 1919, para o então campeonato sul-americano disputado naquele ano. Entretanto sua construção teria tido o apoio do governo e não teria a contribuição direta dos torcedores, como foi feita pelos torcedores vascaínos.

Após a sua inauguração em 1927, São Januário se tornaria indiscutivelmente o principal estádio do país por vários anos. Contudo ele levou três anos para ser o palco da seleção brasileira se exibir. Depois da Copa de 1930, o Brasil disputou três amistosos com as seleções da França, Iugoslávia e Estados Unidos, todos eles em São Januário.

A resistência em disputar jogos da seleção em São Januário, neste período, demonstra a preocupação do Fluminense com a força do Vasco e o poder político dos tricolores na política esportiva. O que estava em disputa era, especialmente, para o Fluminense, ter perdido para o Vasco a referência de possuir o principal local esportivo da cidade, da capital do Brasil. Enquanto a torcida do Fluminense se orgulhava do clube nos anos 1910, que servia de modelo para os outros com o seu estádio e sua sede luxuosa, o Vasco, nos anos 1920, fez com que sua torcida se orgulhasse de sua força na construção do seu próprio estádio e na afirmação de sua importância.

O novo estádio seria mais um passo decisivo para as mudanças que se operavam no interior do futebol, entre elas, as principais serão: a popularização crescente do mesmo entre diversas camadas sociais e no aumento da exigência dos torcedores por melhor qualidade técnica dos jogadores de seus clubes, o que certamente incentivou a profissionalização dos mesmos.

Durante anos o estádio do Vasco, até a construção do Maracanã em 1950, foi o principal lugar para eventos públicos da cidade além das exibições de futebol, servindo como palco de comemorações cívicas, com Getúlio Vargas, durante o Estado Novo (1937-1945).

[...]

A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) também criaria novas funções para os estádios de futebol. O estádio de São Januário seria transformado em Posto da Cruz Vermelha, com o apelo do presidente do clube para mulheres voluntárias se apresentarem ao estádio para o serviço patriótico. O estádio do Vasco da Gama também serviu para a Escola de Instrução Militar, número 307, para o juramento de 8 mil reservistas.

[...]

Em maio de 1945, Luis Carlos Prestes conseguiria reunir, após sair da cadeia, mais de 100.000 pessoas em São Januário para um comício. O estádio São Januário e os dirigentes do Vasco, acusados durante anos de servir a Ditadura Vargas, foi o palco de uma grande manifestação de oposição, mas pouco lembrado.

O futebol carioca nos anos de 1944 e 1945 reviveu com muita intensidade a maior rivalidade do futebol carioca a partir dos anos 1920 com a acirrada disputa para ser o time mais popular da cidade. O Vasco, detentor da maior torcida do Rio de Janeiro na década de 20, segundo o próprio Mário Filho, em Histórias do Flamengo, viu seu opositor ultrapassar na preferência popular durante os próximos anos. Seria a oportunidade ideal de retomar a liderança entre os cariocas, além da rixa ter contornos nacionais, visto a hegemonia do futebol carioca (através das locuções radiofônicas) em todo o território nacional. Em diferentes páginas, Mário Filho reafirma o domínio da torcida vascaína nos anos 1920. Entre eles podemos destacar: "O crescimento do Vasco, então, dava para assustar. Não era só o clube de mais torcida, era o clube de mais dinheiro" (RODRIGUES FILHO, 1966, p.22). "O Vasco, além de ser o campeão da cidade, era o clube de maior público" (RODRIGUES FILHO, op.cit., p.29). O jornalista ainda explica o roubo e as manobras de torcedores do Flamengo, em 1927, para vencerem o concurso, promovido pelo Jornal do Brasil, para saber qual era "clube mais popular do Brasil".

[...]

A final do campeonato de 1945 foi uma apoteose para o Vasco que vence invicto a competição. Apesar disso, o último Vasco e Flamengo do ano, disputado na Gávea, foi marcado pela violência, apesar dos esforços dos líderes em manter a cordialidade. Segundo o jornal paulista A Gazeta Esportiva, em 24 de novembro de 1945: "repentinamente, um tremendo sururu rebentou nas gerais, onde estavam localizadas as torcidas do Flamengo e do Vasco. Algo de inenarrável tivemos ensejo de presenciar por essa ocasião, pois, aproximadamente, perto de 10.000 pessoas trocavam pancadarias, tijoladas, cassetadas e outras coisas mais, tais como tiroteio de morteiros de bombas, que eram arrojados de um lado para outro, contra a multidão, pela própria multidão. Um espetáculo deprimente! Nunca vimos coisa igual em nossa vida. Cercas eram arrancadas, assim como tijolos da geral, e, estes, cruzavam o ar, qual um autêntico bombardeio, atingindo homens, crianças e senhoras (...)" (apud SILVA, 1999, p.175).

Para comemorar a vitória, a torcida vascaína fez uma passeata em plena Avenida Rio Branco, no centro do Rio. A mesma avenida que foi o palco de desfile dos pracinhas há poucos meses. A manchete "A Passeata dos Vascaínos", dava o tom do ato que misturava política e futebol (a eleição presidencial seria naquela semana), e revelava o efeito carnavalizador sendo transportado dos estádios para as ruas da cidade.

[...]

Fortalecia-se o clubismo, isto é, um "sistema complexo caracterizado pela adesão afetiva dos torcedores aos clubes de futebol, tendo como desdobramento a constituição de comunidades de sentimento" (DAMO, 2006, p.41).

[...]

O último grande momento de São Januário antes da criação do Maracanã foi a disputa do Sul-Americano em 1949. Seria uma preparação para a seleção brasileira para a Copa de 1950. E o resultado não poderia ser melhor: vitória do Brasil, após 22 anos sem conquistar aquele título. A base daquele time era o Vasco, uma festa para sua torcida... Uma festa BRASILEIRA, com certeza.

© 2009-, Jorge Luiz Medeiros Braga

Vasco x Elite

Até as primeiras décadas do século XX, o futebol era praticado somente pela elite. Aos poucos, a modalidade extrapolou os muros dos clubes de ricos e ganhou a periferia, o morro e o moleque. Não sem conflitos. A princípio, as principais equipes cariocas da Zona Sul não aceitavam mestiços e negros. Toleravam, no máximo, pobres, desde que fossem brancos. Na década de 10, o mulato Carlos Alberto saiu do América para atuar no Fluminense, um dos clubes mais racistas da época. Para se "embranquecer", o atleta decidiu passar pó-de-arroz no rosto. No meio da partida, o sol infernal e o suor fizeram com que a farsa fosse notada. A torcida adversária não perdoou e, em coro, debochou: "Pó de arroz! Pó de arroz!", apelido pelo qual o tricolor carioca é até hoje tratado.
 
Os torcedores vascaínos que tem mais idade sabem do que estou falando. No início do século XX (até o Vasco construir SJ), nas décadas de 60 e 70 e nos últimos 10 anos (desde que a Rede FlaGlobo comprou o futebol brasileiro), acho que foram os piores anos. Caros irmãos vascaínos, o Vasco nestas décadas foi garfado de forma vil e contumaz, era uma covardia inominável com um time de origem popular, garfado e roubado escancaradamente pelos dois times elitistas. Para ficarmos num passado mais recente, décadas de 60 e 70, qual vascaíno dessa época não se lembra que o Vasco perdia tudo no tapetão e era roubado nas arbitragens e se fosse recorrer aos tribunais, só levava fumo. Quem não se lembra das figuras que manipulavam as arbitragens, julgamentos e a Federação Carioca: Laport, José Carlos Vilela(Rei do Tapetão), Francisco Horta. Eles, os irmãos siameses, não aceitavam a ideia de um time constituído na sua maioria por comerciantes portugueses, uma gente simples com pouco estudo que veio para o Brasil para trabalhar com afinco, pudesse vencer os times aristocráticos. Aristocracia constituída por Banqueiros, donos de Cartórios, Desembargadores, Juízes, Promotores, Advogados famosos, Funcionários Públicos de alto escalão, famílias tradicionais e riquíssimas como os Guinle, donos do establishment. Para vocês terem uma ideia, o Presidente da Federação Carioca era o grande advogado e tricolor Otávio Pinto Guimarães. Portanto, o Tapetão, a comissão de arbitragem e a Federação eram dominados pelos advogados e juízes da dupla feita do mesmo barro, não esqueçamos que o Flamengo nasceu de uma dissidência da aristocracia (família Guinle e outros) que comandava o Fluminense. Pra não fugir à regra, amigos, o Vasco foi roubado descaradamente de novo, agora no Campeonato Carioca de 2009, no caso Jefferson (por desencontro de informações entre a Federação carioca e a CBF sobre a condição de jogo do jogador, que era regular, rendeu a punição de perda de 6 pontos e consequentemente eliminação da equipe vascaína). Portanto, pra nós vascaínos, esta história é antiga. A roubalheira vai continuar.

"Presidente, fundador do Pó de Arroz, de origem suíça; Oscar Cox é o símbolo da aristocrática juventude de 1902. Seu nobre e inesquecível exemplo de perseverança tornou possível a existência da grande legenda chamada Fluminense" (site do Fluminense). 

Presidente da alta aristocracia carioca e Presidente do Pó de Arroz...

Resposta Histórica de 1924

Há mais de 80 anos, Vasco enviava histórica carta que virou símbolo contra o racismo. Este sim é o verdadeiro time do povo e da democracia.

Leia a carta escrita há 85 anos pelo presidente vascaíno recusando-se a banir do clube seus atletas negros e operários, escrevendo, assim, a mais bela página do esporte brasileiro na luta contra o racismo defendido incessantemente por Flamengo, Fluminense, Botafogo e América que tinha verdadeira aversão à participação de negros e pobres na vida social do país.


Rio de Janeiro, 7 de Abril de 1924.
Ofício nr. 261

Exmo. Sr. Dr. Arnaldo Guinle M.D.
Presidente da Associação Metropolitana de Esportes Atléticos

As resoluções divulgadas hoje pela imprensa, tomadas em reunião de ontem pelos altos poderes da Associação a que V.Exa tão dignamente preside, colocam o Club de Regatas Vasco da Gama numa tal situação de inferioridade, que absolutamente não pode ser justificada nem pela deficiência do nosso campo, nem pela simplicidade da nossa sede, nem pela condição modesta de grande número dos nossos associados.

Os privilégios concedidos aos cinco clubes fundadores da AMEA e a forma por que será exercido o direito de discussão e voto, e feitas as futuras classificações, obrigam-nos a lavrar o nosso protesto contra as citadas resoluções.

Quanto à condição de eliminarmos doze (12) dos nossos jogadores das nossas equipes, resolve por unanimidade a diretoria do Club de Regatas Vasco da Gama não a dever aceitar, por não se conformar com o processo por que foi feita a investigação das posições sociais desses nossos consócios, investigações levadas a um tribunal onde não tiveram nem representação nem defesa.

Estamos certos que V.Exa. será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno da nossa parte sacrificar ao desejo de filiar-se à AMEA alguns dos que lutaram para que tivéssemos entre outras vitórias a do campeonato de futebol da cidade do Rio de Janeiro de 1923.

São esses doze jogadores jovens, quase todos brasileiros, no começo de sua carreira e o ato público que os pode macular nunca será praticado com a solidariedade dos que dirigem a casa que os acolheu, nem sob o pavilhão que eles, com tanta galhardia, cobriram de glórias.

Nestes termos, sentimos ter que comunicar a V.Exa. que desistimos de fazer parte da AMEA.

Queira V.Exa. aceitar os protestos de consideração e estima de quem tem a honra de se subscrever, de V.Exa. At. Vnr. Obrigado

(a) Dr. José Augusto Prestes
Presidente

OPINIÃO (2009)

Já tem uns 3 ou 4 anos que eles estão fazendo de tudo pro flamengo ganhar o campeonato, ano passado e ano retrasado, das 10 primeiras partidas do flamengo, 8 foram no Maracanã, ou seja queriam que ele disparasse na tabela e depois fosse só administrando. Pelo jeito dessa vez eles conseguiram, com esse STJD arregaçando o São Paulo (perda de mando de campo, punição de Borges, Dagoberto e Jean de forma vergonhosa, daqui a pouco eles vão punir espirro alto da torcida do São Paulo!); Vocês esqueceram da invasão de campo no jogo Fla x Santos? Que não deu punição alguma pro clube, diferente do São Paulo. E um cara do tribunal falando pro Vagner Love que só iria absolvê-lo se ele tivesse transinhas preto e vermelho.

FLAVORECIDO

Airton do Flamengo quase quebrou 3 pernas no campeonato, foi expulso 3 vezes e NÃO FOI JULGADO;

Willians tem 4 expulsões no campeonato e não é julgado em nenhuma;

Mando do Corinthians contra o Flamengo é mudado para Campinas.

O jogador Jucilei do Corinthians, na sala de imprensa do Corinthians, ao assumir o microfone, às vésperas do jogo contra o Flamengo, declarou, com todas as letras, ser torcedor do time carioca, torcer para que o time carioca fosse campeão e, ainda, apontou mais cinco jogadores de sua equipe que também tinham o mesmo pensamento!

O primeiro gol rubro-negro nasceu de uma jogada em que um lançamento de longa distância deixou Zé Roberto mano a mano com Jucilei, o rubro-negro convicto! O torcedor rubro-negro da coletiva do Corinthians! E Jucilei "perdeu na corrida" para Zé Roberto.

O Ronaldo-baleia, com 2 segundos de jogo caiu de maduro e o narrador da famosa emissora disse que sentiu o músculo por causa ‘‘da arrancada’’. Que arrancada que ele deu cara pálida? Levou um tombo e pediu para sair.

E o tal ''campeonato mais disputado dos últimos anos'' termina com o hexa-que-não-é-hexa superando com muita dificuldade o time reserva do Grêmio. O Corinthians entregou o jogo para o Palmeiras não ser campeão; O Internacional não pôde esperar muita seriedade na escalação da equipe do Grêmio.

Maracutaia demais, quem sabe? É que o passado fala mais alto: Papeletas amarelas (história longa), adiamento dos jogos durante o Pan (único clube a adiar os jogos), contratar técnico e jogadores do Ipatinga antes de uma decisão entre os dois times, quebrar adversário (Anselmo x Mario Soto) do Cobreloa na Libertadores de 1981, Anselmo obedeceu ao técnico e nocauteou o zagueiro Mario Soto. Tornou-se herói para a torcida, "Compra" do goleiro do Liverpool, acusação que até hoje continua nebulosa, Wright e o Flamengo contra o Atlético Mineiro em 1981, ETC... (E bota ETC nisso). E as "milhares" de vezes que esse timeco do flamengo foi salvo do rebaixamento pelos seus "torcedores ilustres" - Globo, STJD, CBF...)

Edmundo é Vascaíno (Parte5)

22/11/2008 - 09:42 - Edmundo fala do seu amor pelo Rio de Janeiro e pelo Vasco

Edmundo não esconde de ninguém o seu amor pelo Rio de Janeiro. Durante toda a sua carreira profissional, que começou no Vasco no fim de 91, o jogador deixou a cidade e voltou mais de uma vez. Ele foi para São Paulo, Florença, Tóquio, mas a sua paixão pela Cidade Maravilhosa e pelo clube da Colina sempre falaram mais alto.

[...]

Em 1998, Edmundo foi negociado com o futebol europeu e trocou o Vasco pela Fiorentina. Logo que chegou ao clube de Florença, na Itália, ele se destacou com gols e ganhou o carinho dos torcedores e do principal ídolo da equipe, o argentino Gabriel Batistuta. Porém, a saudade do Rio de Janeiro o fez se desentender com a diretoria e com alguns companheiros e ele retornou ao Brasil, à cidade pela qual é apaixonado.

Após idas e vindas no Vasco, Edmundo acabou se transferindo para o Japão e ficou dois anos até ver a torcida cruzmaltina clamando por sua volta. Ele conta como se comoveu e se viu convencido para retornar ao Rio de Janeiro.

- Estou lá no Japão, ganhando a maior fortuna por mês, e ligo a televisão, na Globo, ao vivo, e vejo a torcida do Vasco. Jogava Vasco e sei lá quem, e vi a torcida gritando o meu nome. Quem tem coração, quem tem sangue, o primeiro pensamento é o de voltar. Algumas vezes foi possível, outras não. Algumas vezes eu fui convidado, outras eu forcei uma barra. É mais ou menos por aí, não tem muita explicação, demagogia, sentimento a gente não explica. Aí chega aqui, 15 dias depois, dá uma cagada aqui, outra ali. E você pensa: “o que eu fiz?” Mas já fez, agora é encarar. Às vezes, a gente mais consegue remediar do que prevenir – diz o jogador.

O anúncio oficial do término de sua carreira no fim deste ano, pelo menos em terras brasileiras, é o indício de que Edmundo não vai deixar mais o Rio de Janeiro. Ele até admite atuar em uma grande cidade do exterior, mas somente por uma proposta irrecusável. Fora, isso, a gravidez da namorada Clarissa Ivalski também pode deixar o Animal mais caseiro e com menos vontade de atuar fora do Brasil.

- Em um primeiro momento, eu vou descansar, curtir a minha família, os meus filhos – avisa Edmundo.

[fonte: globoesporte.com]

Edmundo é Vascaíno (Parte4)

13/11/2007 - 12:34 - Procurador de Edmundo desmente boatos mas não descarta retorno

Luiz Roberto Leven Siano, advogado e procurador do atacante Edmundo, do Palmeiras, negou as especulações de que o "Animal" estaria negociando o seu retorno ao Vasco, mas não descartou a possibilidade.

"Falei com o Edmundo. Ainda não houve um convite normal. Se houver, será apreciado. O Edmundo pediu para fazer um pronunciamento em nome dele e dizer que é público e notório que ele ama e adora o Vasco de paixão. Todo mundo sabe disso. E que ele teria interesse em ouvir um convite se houver. Apenas ressalva que nas últimas vezes que saiu do Vasco, saiu pela porta dos fundos, em virtude dos acertos que foram feitos não terem sido cumpridos a rigor", disse ao repórter Wilson Pimentel, da Rádio Brasil.

"Isso dependerá de como se desenvolverá. Não vejo que seja uma impossibilidade. Tenho profundo respeito pelos advogados do Vasco, apesar de já há algum tempo eles não estarem conversando comigo em virtude do meu ofício, mas meu trabalho é esse e não pode ser diferente. Conversei com o Edmundo alguns minutos atrás e ele não mostrou antipatia pela idéia. Agora, é fato que não houve nenhum convite. Se houver, ele apreciará e nosso canal de comunicação pode ser aberto", completou.

[fonte: netvasco]

Edmundo é Vascaíno (Parte3)

06/09/2007 - 22:44 - Edmundo se confunde e vai para vestiário usado pelo Vasco no Maracanã

Depois de abrir o placar para o Palmeiras com um belo gol contra o Botafogo, o atacante Edmundo, apesar de bastante acostumado a jogar no Maracanã, errou o vestiário no fim do primeiro tempo. Cercado pelos jornalistas, ele só percebeu que estava indo para o local que dá acesso ao vestiário do Bota quando já estava na entrada do túnel.

Edmundo, que utilizava este vestiário quando jogava com a camisa do Vasco, disse que foi uma questão de costume.

- É a força do hábito - explica.

[Fontes: globoesporte.com, netvasco]

Edmundo é Vascaíno (Parte2)

Campeonato Brasileiro
12 outubro de 2005;
Vasco 3x3 Figueirense

12/10/2005 - 16:30 - Edmundo marca e não comemora

Após ter enfrentado o Vasco diversas vezes e ter declarado não querer marcar gol em seu clube do coração, Edmundo abre o placar em São Januário e não comemora. Edmundo que já havia perdido dois pênaltis contra o Vasco, um quando jogava pelo Santos e outro pelo Cruzeiro não teve como evitar o gol que tantas vezes relutou fazer. Ao contrário de Romário que mandava a torcida vascaína levar lenços quando jogava pelo Flamengo e que comemorava seus gols simulando enxugar lágrimas, Edmundo mostrou respeito a imensa torcida do Vasco e às suas origens e não comemorou o gol. Poucos minutos antes, Alex Dias havia colocado Romário de frente para o gol, mas o baixinho mal posicionado não soube evitar o impedimento, atrasou-se na jogada e chutou atabalhoadamente no corpo do goleiro.

[fonte: supervasco.com]

12/10/2005 - 16:25 - Edmundo tem recepção de ídolo em São Januário

O atacante Edmundo, do Figueirense, teve ao adentrar o gramado de São Januário uma recepção digna do ídolo vascaíno que é. Teve seu nome gritado em coro pelos torcedores e foi cercado por muitas crianças, que pediam autógrafos e fotos. Com um minuto de jogo, após perder um gol de cabeça e ter o seu nome novamente gritado pela torcida, o "Animal" saiu do campo pela linha de fundo e cumprimentou com um beijo o Pai Santana, que estava atrás do gol.

[fonte: netvasco]

12/10/2005 - 20:00 - Edmundo reafirma seu carinho pelo Vasco

O atacante Edmundo pode não ter facilitado a vida do Vasco em campo, mas fora dele voltou a mostrar seu carinho pelo clube. Nesta quarta-feira à tarde, o atacante voltou a São Januário, onde o Figueirense empatou com o time vascaíno por 3 a 3. Antes do início do jogo, quando Edmundo entrou em campo, o atacante foi calorosamente saudado pela torcida do Vasco. "Fico muito emocionado, passa um filme pela minha cabeça e fico com a sensação de que alguma coisa boa eu fiz", afirmou. Durante a partida, Edmundo foi o principal destaque do Figueirense. O atacante marcou o primeiro gol do jogo, armou a jogada do segundo catarinense e ainda participou do terceiro. Para Edmundo, sua atuação foi apenas parte de sua obrigação como profissional. "Minha realidade hoje é diferente. Estou no Figueirense, estou contente e minha obrigação agora é tirar o time da situação difícil", analisou. A equipe catarinense continua na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Apesar de ainda mover uma ação trabalhista contra o Vasco, Edmundo afirma que terá sempre muito carinho pelo clube, independentemente de quem esteja no comando vascaíno. O jogador, inclusive, se coloca como mais um torcedor do Vasco. "Eles são Vasco e serão por toda a vida. Eu passei, o Romário vai passar, o Roberto Dinamite passou, o Alex Dias vai passar, mas o Vasco fica e eu sou Vasco para sempre, independentemente de quem esteja no clube", terminou.

[fonte: Pelé.Net]

12/10/2005 - 18:06 - Repórter tenta induzir Edmundo a não declarar seu amor pelo Vasco

Intervalo de jogo, Edmundo declara as razões pelas quais não comemorou o gol contra seu clube de coração. A pergunta do repórter Rui Guilherme do canal Premiere Esportes tentou induzir o ex-craque vascaíno a justificar sua atitude de não comemorar o gol culpando o forte calor em São Januário. "O calor está tão forte que nem deu para comemorar o gol, não é Edmundo?" perguntou o profissional após breve introdução. Em resposta, Edmundo reclamou do calor, mas expôs as verdadeiras razões de sua atitude. "Está muito calor mesmo, mas eu não comemorei em respeito à instituição e a esta torcida maravilhosa", declarou o vascaíno que hoje joga no Figueirense.

[fonte: supervasco.com]

13/10/2005 - 12:03 - Edmundo: 'Fui muito feliz aqui em São Januário'

A festa de Edmundo só não foi completa, ontem, em São Januário, porque o Figueirense não saiu com um resultado positivo sobre o Vasco. No Dia das Crianças, quem ganhou presente da torcida vascaína foi o eterno ídolo do clube. Os torcedores gritaram o nome do craque antes de saudarem qualquer jogador do Vasco. Edmundo não segurou a emoção, quando a torcida pediu a sua volta para o clube, e acenou em agradecimento. - É claro que fiquei emocionado. O filme todo do que vivi no Vasco passa pela minha cabeça nessas horas. Fui muito feliz aqui - disse. Para completar a festa, o atacante foi o melhor jogador em campo, com um golaço de fora da área e participação nos outros dois gols. - Fico muito feliz por ter ajudado o Figueirense. Estou muito satisfeito no clube e pretendo ajudar a tirar o time da zona de rebaixamento comentou ele. Satisfeito, Edmundo pensa em voltar para o Rio um dia: - Sempre é bom ficar perto da família e dos amigos.

[fonte: supervasco.com]

13/10/2005 - 12:00 - Edmundo parecia estar em casa nesta quarta-feira

Após ser ovacionado pela torcida vascaína ao entrar no gramado de São Januário, o atacante Edmundo, do Figueirense, se mostrou bastante tranqüilo antes de enfrentar o clube que o revelou, o Vasco. O jogador garante que entrou em campo sem nenhum tipo de sentimento em enfrentar o clube cruzmaltino no estádio. - Na primeira vez que aconteceu isso foi diferente, mas agora já estou acostumado - afirmou Edmundo. E o capitão do Figueirense estava mesmo em um clima bastante amistoso. Depois de distribuir autógrafos na camisa de pequenos torcedores vascaínos, Edmundo seguiu para o centro do gramado onde se encontrou com seu ex-desafeto, Romário, capitão do Vasco. Os dois se abraçaram e brincaram entre si, para ver quem tinha mais cabelo. - Disparado eu - disse Romário, de 39 anos. - Eu levo o prejuízo por ter menos aqui na frente - completou Edmundo, de 34 anos. Quem preferiu não polemizar foi o árbitro da partida Carlos Eugênio Simon, visivelmente com menos cabelo que os dois atacantes. - Vamos para o jogo - disse. Quando a bola rolou, Edmundo mostrou que é profissional, mas que ainda tem um carinho especial pelo Vasco. Aos 16 minutos, após dar um corte no zagueiro, o atacante chutou de perna esquerda no fundo das redes. Gol do Figueirense, que Edmundo não comemorou, mas fez parte da torcida do Vasco gritar seu nome. - Não posso comemorar. A torcida fez uma festa para mim, me recebe super bem, não tenho o que celebrar - disse. No segundo tempo, Edmundo deu o passe para o segundo gol do Figueirense e ainda participou da jogada do polêmico terceiro gol. Parecia que o jogador estava em casa. Acho que este era o sentimento tanto para ele, quanto para a torcida do Vasco.

[fonte: supervasco.com]

12/10/2005 - 22:15 - Edmundo agradece o carinho dos vascaínos

Autor de um dos gols do Figueirense no empate com o Vasco em 3 a 3, em São Januário, o atacante Edmundo viveu mais um momento inusitado em sua história com o clube da Colina. O jogador teve o seu nome gritado em coro pelos torcedores vascaínos. Ainda no primeiro tempo, o jogador marcou o primeiro gol do Figueirense e sequer comemorou. O jogador ficou parado, apontou o dedo para o céu e recebeu apenas o carinho dos companheiros. Após o jogo, Edmundo explicou o motivo que o levou a não vibrar com o gol. - Não posso comemorar tanto. O torcedor fez uma festa bonita e eu tenho que me conter. Respeito o torcedor do Vasco - disse Edmundo.

[fonte: globoesporte.com]

Edmundo é Vascaíno (Parte1)

Pênaltis perdidos pelo Edmundo jogando contra o Vasco:
14/10/2000 – Santos 1x1 Vasco
03/10/2001 – Vasco 3x0 Cruzeiro
18/10/2006 – Vasco 3x0 Palmeiras

[...] Em 2001, quando defendia o Cruzeiro, é que realmente ficou provada a paixão do jogador pelo Vasco.

Na véspera do duelo entre os dois times, em São Januário, Edmundo disse: “Tomara que não faça gol. Se acontecer, vai ser por puro profissionalismo. Mas não haverá comemoração, porque não posso comemorar derrotas minhas, como torcedor vascaíno”.

E realmente não aconteceu. O atacante, inclusive, perdeu um pênalti e foi demitido logo após o final da partida, que terminou com a vitória do Vasco por 3 a 0, pela diretoria do clube mineiro.[...].

[...]2006 - Edmundo foi recebido de braços abertos pela torcida do Vasco em São Januário, onde iniciou sua carreira. Antes do início da partida contra o Palmeiras, na noite desta quarta-feira, o Animal, vascaíno confesso, chegou a chorar de emoção.

- É muito bom, não tem como não me emocionar com essa torcida - disse o atacante, campeão brasileiro pelo Vasco em 1997.

[Fontes: globoesporte.com, lancenet]

Brasileirão 2000 – Vasco Tetracampeão

Na decisão do Brasileiro de 92, entre Flamengo e Botafogo, antes do início da partida, parte do alambrado das arquibancadas onde ficava a torcida do Flamengo veio abaixo causando vários feridos e algumas vítimas fatais. Na ocasião, a Rede Globo, que detinha os direitos de transmissão do jogo, não se manifestou, através do Galvão Bueno ou de qualquer outro comentarista, a favor da suspensão do jogo ou de uma punição para o mandante da partida, no caso o Flamengo, que já estava praticamente com o título na mão após ter vencido o primeiro jogo da decisão. Na decisão de 2000, a queda do alambrado da arquibancada de São Januário, aos 23 minutos do jogo iniciado e onde não houve vítimas fatais, foi motivo para que os narradores e comentaristas globais pedissem até que o título fosse dado antecipadamente ao São Caetano, sem cogitar nem a possibilidade do jogo ser remarcado para outra data. Tudo porque, ao saber que o responsável pelo policiamento do estádio havia dado condições do jogo ser reiniciado, após uma paralisação de mais de uma hora, toda a programação da emissora estaria comprometida, particularmente a novela Uga-Uga já que o jogo se realizou em um sábado. Se houve uma coisa boa que o Eurico realizou em todos esses anos em que ele saqueou o Vasco, foi ter obrigado a toda-poderosa Rede Globo a fazer propaganda gratuita do rival SBT por noventa minutos através das camisas vascaínas. Já notaram que eles nunca reprisam os gols ou qualquer lance daquele jogo?!

Corrupção, seu nome é Flamengo

Já foram rebaixados no Estadual (1933), ganharam roubado do Atlético-MG (1981), ganharam roubado do Grêmio (Andrade tira gol gremista em cima da linha com a mão, 1982), papeletas amarelas (esquema da bandidagem arbitragem-flamengo, 1986), ganharam uma Libertadores sem a presença argentina efetiva, ganharam Brasileirão com entrega de jogos (2009). Flamengo é o clube dos títulos com (*).

Flamengo, local que abriga jogadores envolvidos com traficantes, que fazem pose com fuzis dentro da boca de fumo, dirigente pedófilo que molesta criança dentro do próprio clube (2010), ex-presidente preso (2003), jogador-torcedor-famoso que sai com travestis e não paga pelo serviço, goleiro sequestrador e homicida, bandido (2009-10), jogadores que batem em mulher, jogador que defende o amigo com um “Quem nunca saiu na mão com a mulher?”.

Clube sem estádio, marcado por falcatruas para ganhar campeonatos. Time pequeno que passou a maior parte da historia como coadjuvante do futebol nacional e precisou de esquemas para poder conquistar títulos. Quando vai disputar um campeonato internacional, só passa vergonha (Defensor-2007, América-MEX-2008, Universidad de Chile-2010/2011).

Feliz daqueles que não são Flamengo - de uma forma ou de outra, os não-flamenguistas estão ao menos um grau acima de tudo o que estraga o nosso país: malandragem, bandidagem, corrupção.

A verdade sobre 1987, Sport Campeão

Em 1986, o Campeonato Brasileiro foi decidido entre São Paulo e Guarani, com o São Paulo sagrando-se campeão. Naquele tempo, o campeonato era disputado por muitos times e os clubes dos grandes centros, os maiores em termos de títulos e torcida, resolveram se unir e criar um campeonato exclusivo com eles, os doze maiores do Brasil: São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Grêmio, Internacional, Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, Botafogo, Cruzeiro e Atlético Mineiro. O Bahia, que era dirigido por um homem com muita força no futebol, o Paulo Maracajá, e sempre atraía grandes públicos para a Fonte Nova, brigou muito, fez pressão e conseguiu sua inclusão, nascendo assim o famigerado Clube dos Treze. Eles procuraram a Rede Globo, que gostou da idéia, e conseguiram com a Coca-cola o patrocínio do torneio, com a Coca colocando sua marca na camisa de todos os times, nos prismas principais dos estádios e nas transmissões da Rede Globo. A CBF foi contrária pelo fato de que, apesar dos clubes se acharem os maiores do Brasil, e alguns realmente eram, no campo e na bola jogada no ano anterior, muitos ficaram mal classificados: o Botafogo, por exemplo, tinha caído para a 2ª divisão. Então, a CBF fez ver ao Clube dos 13 que qualquer clube que se achasse prejudicado entraria com ação judicial e ganharia. Sport, o Campeão Protesto contra a Coca-cola. Então, o “Clube dos 13″ teve uma “brilhante” idéia: um campeonato com todos os 32 clubes da primeira divisão, divididos em dois módulos, com 16 clubes cada. O verde, com os clubes pertencentes a ele, os dois clubes não participantes do “Clube dos 13″ melhores classificados no ranking da CBF (Goiás e Curitiba) e o Santa Cruz, que entrou no bolo por causa da pressão política exercida por Marco Maciel e pela amizade pessoal que o seu presidente tinha com Marcio Braga, presidente do Flamengo e primeiro presidente do “Clube dos 13″; e o módulo amarelo, composto pelos demais clubes que tinham direito adquirido em campo de jogar a Primeira Divisão do futebol Brasileiro. Cada módulo teria sua disputa, jogando todos contra todos em turno e returno. No final, o 1º e o 2º colocados de cada módulo fariam um quadrangular e decidiriam o campeão e o vice do Campeonato Brasileiro. A segunda divisão também seguiu o mesmo critério, divididos em módulos azul e branco (as cores dadas aos módulos foram em homenagem a bandeira do Brasil). Sendo assim, deu-se início ao Campeonato Brasileiro de 1987. Aí veio a grande safadeza, típica atitude de abuso de poder das elites que acham que tudo podem em nosso país. Quando já estava perto da definição dos representantes de cada módulo, para a disputa final, o “Clube dos 13″ convocou uma reunião do Conselho Arbitral e propuseram uma mudança no regulamento: não haveria mais a realização do quadrangular final e o campeão e o vice do módulo verde seriam decretados, automaticamente, campeão e vice do brasileiro. Em votação, eles obtiveram a maioria dos votos a favor da mudança, porque além de contar com a unanimidade dos votos dos membros do módulo verde, alguns capachos do módulo amarelo também votaram a favor, como o Náutico, que objetivou claramente prejudicar o inimigo local, o Sport, melhor time do Módulo Amarelo. Mas aí veio o grande erro do “Clube dos 13″, que não era comandado por pessoas tão inteligentes quanto os mesmos se achavam. O Regulamento do Conselho Arbitral previa que para se aprovar o regulamento de uma competição, logicamente antes do início dela, precisava-se da maioria dos votos a favor, PORÉM, DEPOIS DE INICIADA A COMPETIÇÃO, O REGULAMENTO SÓ PODERIA SER MUDADO POR UNANIMIDADE DOS VOTOS do Conselho Arbitral e não apenas pela maioria dos votos. Esta norma existia justamente para evitar que os times com maior poder pudessem se unir e usar deste poder em favor de si mesmos durante uma competição. Este erro foi decisivo para que o Flamengo e seu “inteligente” presidente perdessem, no futuro, todas as tentativas jurídicas de conseguir o título de campeão brasileiro de 1987. A CBF então fez o justo e o que estava conforme a Lei e não aceitou a falcatrua maquinada pelos mafiosos que na época estavam à frente do “Clube dos 13″, confirmando a realização do quadrangular final. As primeira e segunda rodadas foram marcadas, mas Flamengo e Inter não apareceram e a CBF acabou marcando dois jogos entre Sport e Guarani, sendo o primeiro em Campinas, com empate de 1X1, e o segundo na Ilha, 1X0 para o Sport, com gol de Marco Antônio. O fato da Globo não ter transmitido os jogos deu-se em virtude do boicote que os clubes integrantes do Módulo Amarelo fizeram à Rede Globo e à Coca-cola, que juntamente com o “Clube dos 13″ se achavam donas do futebol brasileiro e só patrocinaram os clubes do Módulo Verde. Homero Lacerda, presidente do Sport Recife na época, proibiu a entrada de profissionais da Rede Globo na Ilha e fechou a transmissão do jogo pelo SBT, eterna emissora rival da Rede Globo. O mesmo fez o presidente do Guarani. O Flamengo tentou de todas as formas anular a decisão da CBF e perdeu em todas as instâncias judiciais, no âmbito desportivo e também da Justiça Comum, sendo inclusive ameaçado de punição pela FIFA, que também reconhece o título de 1987 como sendo do Sport. Por fim, Sport e Guarani foram homologados campeão e vice-campeão brasileiros de 1987, tendo inclusive representado o Brasil na disputa da Taça Libertadores da América de 1988. Como se pode ver, o Sport derrotou a todos que se dignaram a enfrentá-lo nos gramados (como o vice-campeão brasileiro do ano anterior: O Guarani) e nos tribunais (os que não tiveram decência de enfrentá-lo nos gramados, como Flamengo e Internacional). Esta história marca a luta de um time nordestino que enfrentou sozinho o poder dos maiores times do Brasil, que unidos com a Rede Globo e a multinacional Coca-Cola, acharam que poderiam fazer prevalecer sua vontade sobre o que era justo e dentro da Lei.

Algumas mentiras que se repetem até hoje:

"Sport e Guarani eram da segunda divisão."
Mentira: Como poderia ser o Guarani da segunda divisão se era o vice campeão de 1986? A segunda divisão foi disputada com os Módulos Azul e Branco.

"A CBF mudou o regulamento."
Mentira: Quem tentou mudar regulamento, após o início da competição, foi o Clube dos 13, mas não teve êxito, pois isto só seria Legal com a unanimidade dos votos dos membros do Conselho Arbitral, o que não ocorreu.

"O Flamengo recebeu a taça."
Mentira: A taça foi entregue ao Sport e está na Ilha do Retiro, na sala de troféus do Sport, para quem quiser ver. Conclusão: Flamengo – Penta Campeão 2009.

Investigando uma trajetória de trapaças

Em 1911, após a conquista do campeonato carioca, surgiu uma crise interna no Fluminense. A cisão liderada por Alberto Borgerth levou nove jogadores tricolores a criar uma seção de futebol no Clube de Regatas Flamengo, que não tinha em mente outro esporte que não fosse o remo. A partir daí, começou a história mais suja do Brasil. Nasceu como um clube elitista e racista, e tenta passar a imagem de clube do povo.

Em 1933, ficou na última colocação do carioca. Esse ano marca a primeira grande sujeira do clube rubro-negro (que já foi azul e ouro). Apesar da colocação, o Flamengo não foi rebaixado. Ficou em último e não foi rebaixado. E nós sabemos que já existia segunda divisão, pois o Vasco já a disputou antes mesmo desta data. Sujeira! Passou por vários anos inexpressivos no futebol.

Em 1944, nasceu aquele que se tornaria o principal personagem da ridícula história do Flamengo: José Roberto Wright. Em 1959, começaram os torneios nacionais. Passaram-se dez anos e o Flamengo nada tinha ganhado. Passaram-se mais dez anos e o Flamengo continuava sem ganhar nada.

O Flamengo inicia a década de 80 sem nenhum título de expressão nacional, enquanto seus rivais já haviam conquistado tal feito:

Botafogo: Campeão da Taça Brasil de 1968
Fluminense: Campeão do Robertão de 1970
Vasco: Campeão Brasileiro de 1974

Assim, sendo a 4ª força do Rio de Janeiro, o Urubu institui o que seria o maior esquema de máfia de arbitragens e subornos da História do Futebol Brasileiro a fim de conquistar títulos de relevância.

1980: O Brasil inteiro viu a vergonha que fizeram com o Atlético/MG no jogo final no Maracanã. O atacante Reinaldo era impiedosamente caçado em campo e o juiz nada fazia, enquanto o artilheiro jogava no sacrifício contundido. Mesmo assim, conseguiu fazer o gol de empate por 2x2 que dava o título brasileiro ao Galo.

Resultado: O árbitro José de Assis Aragão expulsou o Reinaldo acusando-o de retardar o jogo ao cair no chão, porém depois ficou constatado que ele estava na verdade seriamente lesionado e heroicamente se mantendo em campo, mas aí já era tarde demais. O árbitro ainda acabou expulsando outro jogador do Atlético e abriu o caminho pro Flamengo fazer 3x2.

1981: O maior assalto da História do Futebol Brasileiro!

Atlético/MG e Flamengo decidiam, em partida extra, no Serra Dourada, quem avançaria na Libertadores.

O que fizeram? Descaradamente colocaram um juiz carioca pra apitar o jogo, o Senhor José Roberto Wright, que viajou para Goiânia junto com a delegação do Flamengo e se hospedou no mesmo hotel da equipe da Gávea.

E no jogo, o que aconteceu?

O árbitro carioca expulsou vários jogadores do Galo pro Flamengo avançar na competição, uma das mais fracas da história, visto que os argentinos (River Plate e Rosário Central) não deram a mínima importância ao torneio, pois a Argentina estava em plena Guerra das Malvinas contra a Inglaterra.

1982: O Flamengo tratou de "contratar" o juiz Oscar Scolfaro para ser o seu maior reforço.

O referido juiz, apitando um Sport x Flamengo, no Recife, pelas Oitavas-de-final do Brasileiro, anulou o gol da classificação do Sport, feito pelo ponta-esquerda Edson, sem nenhum motivo. Não foi um lance polêmico, não havia nada que pudesse ser interpretado como lance ilegal.

Bom, ele deu tiro de meta, isso mesmo, tiro de meta para o Flamengo, que acabaria se classificando mesmo perdendo por 2x1.

O mais curioso é que depois deste Sport 2x1 Flamengo, o excelente comentarista João Saldanha, que trabalhava para uma rádio carioca, foi até as rádios pernambucanas pedir desculpas pelo que tinha acontecido.

1982 ainda: Final contra o Grêmio, o mesmo árbitro, Oscar Scolfaro (coincidência?), vê o jogador Andrade defender com as mãos uma cabeçada do atacante gremista Tarcísio, e não dá pênalti!

Sequer expulsa ou dá amarelo pro Andrade.

Amarrou o jogo do Grêmio, invertendo faltas, deixando de punir a violência flamenguista e deu mais um "título" pro time da máfia.

1987: Descumpre o regulamento da competição e é punido pela justiça Desportiva, pela Justiça comum e pela CBF tendo perdido seus jogos do Quadrangular final do Brasileiro por W.O. Ato de quem já era acostumado a ganhar "Fora do campo!".

Na década de 90, o Flamengo voltou a ser o clubeco inexpressivo. Chegou o novo século e o Flamengo continua sem nada. Foi pisoteado até pelo desconhecido Santo André, diante de sua torcida. Esse é o Flamengo, a vergonha do Brasil!

Mídia bandida

Por Felipe Martins - Presidente Amovasco.

Janeiro 2010

Nos últimos dias nos deparamos com essas pesquisas encomendadas e estranhas sobre torcidas do futebol brasileiro. Uma pesquisa apontou o Vasco como a nona maior marca do nosso futebol e a outra diz que o Vasco está perdendo torcedores. É… Isso mesmo! O Vasco continua incomodando muita gente!

Por este motivo, nós, vascaínos, devemos ficar atentos contra esta mídia que não tem NADA de imparcial. Não é de agora que ela atua contra o nosso clube. Há anos elegeu os seus queridinhos (urubu no Rio e Corinthians em São Paulo) e nos ataca por saber da força que sempre tivemos. Por isso não tenho medo de afirmar: O VASCO POSSUI A MAIOR MARCA DO FUTEBOL BRASILEIRO.

Por que? Essa resposta é fácil. Conseguimos atingir a terceira maior torcida do país mesmo NUNCA tendo essa imprensa ao nosso lado, e muito pelo contrário, sempre jogando contra. Além disso, superamos a torcida do Corinthians a nível nacional, pois, só existem dois clubes no Brasil que possuem torcedores nos quatro cantos: Vasco e Flamengo. E comparando nossa torcida com a do maior rival, destaco a nossa maior paixão. É fácil torcer para o queridinho da imprensa, o time que está toda hora na mídia como o “melhor”… Tem gente que nem gosta de futebol e se diz torcedor do urubu. Ou seja, a torcida deles é grande… É a quantidade sem qualidade. A nossa tem qualidade. Torcemos para o Vasco, porque amamos sua história e tradição, nos orgulhamos deste clube e de tudo que ele sempre conquistou com muita luta. Nada para o Vasco veio de “mãos beijadas” como para Flamengo e Corinthians com todo o apoio da mídia. Tudo nosso é mais sofrido, o que torna sempre mais saboroso também. Esse é o Vasco que todos nós construímos… O Vasco GIGANTE! E a mídia pode continuar tentando nos apequenar… NÓS É QUE NÃO PODEMOS ACREDITAR NESSAS MENTIRAS!

É isso que a imprensa faz, dizendo que o Vasco tem a quinta maior torcida do país e dizendo que o urubu é hexa, por exemplo. Ela mente! Com a filosofia de que uma mentira dita varias vezes se torna uma verdade.

E não é nenhuma teoria da conspiração essa mania de urubu queridinho e perseguição ao nosso clube. O Vasco sempre foi tratado como vilão. Era o time de colônia, time dos negros e dos operários…e que foi ganhando muita força em lutas contra preconceitos. Essa força toda passou a incomodar e o mecanismo usado pela mídia ao longo dos anos foi de sempre tentar nos boicotar.

Podemos citar mais alguns exemplos de perseguições, além das mentiras de nona maior marca e quinta maior torcida.

Sempre tentaram colocar o Fla x Flu como maior clássico do Rio, mesmo a torcida do florzinha sendo muito menor que a nossa e o clube tendo muito menos tradição que o Vasco – A resposta contra isso apareceu em uma pesquisa feita por um canal estrangeiro de televisão apontando Vasco x Flamengo como um dos quatro maiores clássicos do mundo (ao lado de Barcelona x Real Madri, Inter x Milan, Boca x River). E até essas pesquisas encomendadas no Brasil não conseguem mentir com relação ao maior clássico de nosso país, sempre apontam Vasco x Flamengo também.

Nelson Rodrigues (tricolor e irmão do jornalista flamenguista Mário Filho) afirmava que no futuro só existiriam dois times grandes no Rio. Com certeza se referindo ao time dele e ao do irmão – Velha mania de apequenar o Vasco. No fim, o time dele chegou a parar na terceira divisão do nosso futebol e o Vasco é um dos times com mais títulos nacionais do país.

Para quem acreditava que o Vasco só era perseguido por causa de Eurico Miranda… se enganou feio! O Vasco sempre foi perseguido…tanto que continua sendo! Mesmo sem a presença do ex-Presidente.

A mídia sempre quis nos apequenar! Nossa grandeza é espantosa para essa corja que se finge imparcial.

O Presidente atual do Vasco, Roberto Dinamite, até dá declarações amigáveis de que quer o melhor para o futebol carioca com o Flamengo sendo campeão… mas, isso não basta para eles!

Eles querem ter a certeza de que estamos fracos, querem vender que nossa marca não vale mais nada, que nossa torcida está menor, que não somos mais uma potencia…

Para a imprensa, o Vasco bonito é o Vasco na segunda divisão, é o Vasco fraco, sem meter medo em ninguém… Esse é o Vasco que eles querem! Por isso, estão fingindo dar um apoio ao clube que nunca deram na história… pura ilusão!

Deixa o Vasco ficar forte de novo, deixa o Vasco ganhar títulos importantes de novo, deixa o Vasco meter chocolate no queridinho deles de novo… Aí o falso apoio acaba e as perseguições voltam a ser maiores do que estas com simples pesquisas.

O Palmeiras está 10 anos sem ganhar um título importante (igual o Vasco) e mesmo assim passa a gente em número de torcedores? Fazer pesquisa de número de torcedores alguns dias após o título nacional do urubu? 17 anos sem título importante não fez eles perderem torcedores também? É muita incoerência junta!

Mas isso nunca vai nos atingir e nos apequenar!

Somos grandes pela nossa história, pela nossa tradição, pela nossa torcida e não pelas mentiras plantadas pela mídia.

Fizemos nosso Vasco forte sem apoio da imprensa! Contra preconceitos e perseguições!

Construir um clube gigante assim não é fácil, mas, as dificuldades fazem com que o prazer seja muito maior! Prazer de ser VASCO! O MAIOR CLUBE DO FUTEBOL BRASILEIRO!

Saudações vascaínas!

Quanto vale um sentimento?

Francisco Kronemberger

2010

No início deste ano foram divulgadas algumas “pesquisas” que atingiam diretamente ao Vasco e sua torcida. Fomos diminuídos em quantidade, valor e importância no cenário nacional.

Não sou teórico nem estudioso de psicologia, mas acredito que a isenção é quase uma utopia em todas as áreas. Vou tentar me despir por um instante da pele de cruzmaltino (uma verdadeira utopia) e analisar a marca Vasco do ponto de vista de um gestor de marketing.

Quem teve a oportunidade de conhecer o estádio do Barcelona, ou vê-lo em fotos ou vídeos, deve ter reparado uma frase que é uma verdadeira assinatura de marca: “Más que um club” (Mais que um clube). Uma frase curta, de apenas quatro palavras, mas que muito diz sobre o Barça.

O Barcelona é um símbolo da luta, resistência e do orgulho nacionalista do povo da Catalunha. Apesar da perseguição sofrida durante a ditadura do general Franco e do amplo favorecimento esportivo e político dado ao Real Madrid (o clube do ditador e, consequentemente, do Estado), o Barça era o único time a fazer frente ao Real.

Socialmente o Barcelona tem uma grande importância para os catalães. O governo Franco revogou a autonomia do estado da Catalunha e lhe impôs uma pesada repressão cultural e lingüística, proibindo o uso e o ensino de seu idioma. Com essa repressão, os catalães encontraram apenas um local onde poderiam ser exatamente o que eram: o estádio Camp Nou. A cada jogo a torcida se reunia para torcer pelo Barcelona e para cantar livremente em catalão.

O Barcelona criou uma relação profunda com a Catalunha, mas não se restringiu aquele espaço de terra encravado na Espanha. Quis crescer, trabalhou para isso e se tornou um gigante do futebol mundial, levando a cultura catalã a todo o planeta.

Voltando à realidade brasileira, nenhum clube pode se orgulhar de ter uma história tão bela de lutas e conquistas como o Vasco. Um clube que sempre deixou em primeiro lugar sua opção pelo social. Nasceu pequeno, mas logo se mostrou gigante, conquistou títulos, viu sua torcida crescer, tem seu estádio próprio construído pelo suor de seus apaixonados torcedores. Virou um celeiro de craques, foi o primeiro clube brasileiro a conquistar um título internacional (nem mesmo a Seleção Brasileira havia conquistado).

O Vasco, assim como o Barcelona, é “mais que um clube”. É parte da história do Brasil, é a representação fiel do amor de uma apaixonada torcida que, na alegria ou na tristeza, nunca o abandonará. É o símbolo da luta pela afirmação dos negros e pobres na sociedade.

Quanto vale esse simbolismo? E quanto vale o tamanho da torcida do Vasco?

Custo a crer que o Vasco tenha a quinta maior torcida do país. Como pode uma pesquisa que entrevistou 11 mil pessoas, em um universo de mais de 180 milhões, apontar com exatidão o tamanho de uma torcida? Como pode o Vasco, um clube com torcida em todos os estados do Brasil ter um percentual de torcedores só um pouco maior que clubes locais como Grêmio e Cruzeiro (com todo respeito a eles)? Quantos torcedores vascaínos, que lotam estádios Brasil afora, já foram ouvidos em uma pesquisa dessas?

O valor de uma marca esportiva é medido com base em três fatores principais: performance (conquistas), imagem do clube e tamanho e perfil da torcida. Tentando ser isento (algo quase impossível em se tratando de uma paixão como o futebol), afirmo que hoje o Vasco tem a quarta marca mais valiosa do Brasil. Está atrás, na ordem, de São Paulo (alta performance, imagem positiva e torcida grande e de alto poder aquisitivo), Flamengo (boa performance – alavancada pelo penta –, torcida enorme e grande apoio da mídia) e Corinthians (boa performance, torcida enorme, grande apoio da mídia e imagem bem trabalhada pelo marketing).

O Vasco resgatou sua imagem, está sendo apoiado pela mídia em seu processo de reconstrução e tem uma torcida enorme. Para nossa marca voltar a ser top de linha está faltando a performance, a conquista de títulos. Potencialmente, quem brigaria com o Vasco por esse quarto lugar seria o Palmeiras, que não tem uma torcida tão abrangente (é muito concentrada em São Paulo) quanto o Vasco e não tem se notabilizado pela conquista de títulos. Os demais clubes, a despeito de terem boas performances e imagens (notoriamente Inter e Cruzeiro), têm uma torcida quantitativamente bem inferior à vascaína, o que reduz o valor de suas marcas.

Então pergunto: quanto vale a marca Vasco, a quarta mais valiosa do futebol brasileiro?

O patrocínio da Eletrobrás foi, sem dúvida, uma grande conquista. Após anos sem patrocínios, um rebaixamento para a Série B, inúmeras incertezas políticas e estruturais, crise econômica mundial, conseguir R$ 12,5 milhões foi um grande negócio. Mas hoje o cenário é diferente. A crise mundial passou, o mercado de patrocínios esportivos se aqueceu, a marca Vasco se fortaleceu. E o valor do patrocínio ficou defasado. Se Flamengo e Corinthians conseguem mais de 22 milhões apenas para o futebol, devemos pensar em algo no mínimo em torno de 18 milhões. O contrato com a Eletrobrás é de dois anos renováveis por mais dois. No final do ano será o momento de a diretoria reavaliar esse contrato. Se eu fosse o gestor do clube agradeceria a parceria e partiria para o setor privado. Não teríamos problemas com certidões e certamente poderíamos captar um patrocínio bem maior.

Prefiro nem comentar o valor pago pelo Habib´s, uma vergonha. Quero aqui registrar que a empresa não tem nada com isso: fechou um estupendo negócio e cumpre à risca o acordado. Os "errados" nessa história são os diretores do Vasco: os antigos, que submeteram o clube a um contrato de time de várzea, e os atuais, que já tiverem tempo mais que suficiente para cancelarem ou renegociarem esse contrato.

Para fechar, retomo a pergunta que dá título a esta coluna: quanto vale um sentimento? Quanto vale o nosso amor pelo Vasco? A melhor resposta que podemos dar aos infames pesquisadores que teimam em diminuir o valor do Vasco e o tamanho de sua torcida é nos tornarmos sócios, lotarmos os estádios, comprarmos produtos oficiais e espalharmos uma onda vascaína pelo Brasil.

E aí, quanto vale o seu sentimento?

109 motivos para ser Vasco

2007

1) São Januário foi o maior estádio da América do Sul até 1930.

2) São Januário foi construído em tempo recorde: dez meses, com a ajuda dos torcedores, principalmente membros da colônia portuguesa.

3) Ainda hoje, São Januário é o maior e o melhor estádio particular do Rio de Janeiro (o Engenhão é da Prefeitura).

4) "Enquanto houver um coração infantil, o Vasco será imortal", frase de Cyro Aranha.

5) O Vasco foi o primeiro clube a aceitar negros no elenco profissional.

6) O Vasco, no primeiro ano na Primeira Divisão Carioca, venceu o Carioca, em 1923.

7) O Vasco conquistou 116 títulos de futebol desde a fundação: média de um pouco mais de um título por ano.

8) O Vasco fez a melhor campanha da história do Campeonato Carioca: 16 vitórias em 16 jogos, em 1924.

9) O Vasco é o clube com o maior número de títulos cariocas invictos: cinco.

10) O gol olímpico surgiu numa partida em São Januário, em 28 de março de 1928, contra o Wanderers (URU).

11) O clube já sediou a regência de coros do brilhante maestro Villa Lobos.

12) O Vasco é o maior campeão estadual de remo da história: soma 45 títulos.

13) Primeiro carioca convidado para fazer uma excursão no exterior, em 1931.

14) A maior goleada no Clássico dos Milhões é do Vasco: 7 a 0 sobre o Flamengo, em 26 de abril de 1931.

15) O Flamengo é freguês do Vasco na Gávea: 13 vitórias do Vasco, sete empates e seis vitórias do Flamengo.

16) Clube que sediou a assinatura da CLT, por Getúlio Vargas, em 1934.

17) O Vasco não é apenas grande, é o Gigante da Colina.

18) A denominação de "gandula" surgiu após um jogador vascaíno, o argentino Bernardo Gandula, ter o hábito de buscar bolas que saíam (1939).

19) O Vasco é o único clube do Rio de Janeiro que venceu de maneira invicta o Carioca de futebol e remo no mesmo ano: 1945.

20) O Vasco tem a maior goleada da história do Carioca, 14 a 1 sobre o Canto do Rio, em 1947.

21) O Vasco foi o primeiro clube brasileiro a vencer um competição internacional, o Sul-Americano de 1948.

22) O Vasco foi o primeiro a vencer um título no Maracanã: o Carioca de 1950.

23) Leônidas, Pelé, Garrincha e Zico já vestiram a camisa do Vasco pelo menos uma vez.

24) Ao lado do Flamengo, é o único clube do mundo que tem lado cativo na arquibancada do Maracanã.

25) Os líderes Juscelino Kubitschek, Getúlio Vargas e João Goulart eram vascaínos.

26) O Vasco tem o terceiro maior artilheiro do Brasil na história das Copas do Mundo: Ademir Menezes (na edição de 1950).

27) São Januário sediou jogos da seleção no Sul-americano de 1949 e serviu de concentração para a seleção às vesperas da final da Copa de 1950.

28) O Vasco foi o primeiro sul-americano a vencer o Tereza Herrera, em 1957.

29) Pelé foi campeão pelo Vasco, em 1957 (Quadrangular internacional).

30) O Vasco foi o vencedor do mais difícil Campeonato Carioca de todos os tempos, o Supersupercampeonato carioca de 1958.

31) O Vasco teve o primeiro jogador a levantar a taça de campeão do mundo: Bellini, em 1958.

32) Em 1959, o Vasco conquistou seu 16º título carioca consecutivo no remo, feito até hoje não igualado por nenhum outro clube.

33) Garrincha foi freguês: em 37 jogos, 20 vitórias do Vasco, 7 empates e 10 derrotas (de 1953 a 1965).

34) Único brasileiro a ter dois artilheiros em Copas: Ademir (1950) e Vavá (1962).

35) Primeiro clube a vencer a Taça Guanabara, em 1965.

36) Adhemar Ferreira da Silva, maior nome do atletismo brasileiro, com dois ouros olímpicos, defendeu o clube.

37) Ser o time de infância do Pelé.

38) Único carioca que não teve jogadores na Copa de 1970. Mesmo assim, venceu o Carioca daquele ano contra os fortes rivais.

39) Araci de Almeida, Aldir Blanc, Martinho da Vila, Luiz Melodia, Paulinho da Viola, Jamelão e Raul Seixas eram ou são vascaínos.

40) Primeiro clube carioca a vencer o Campeonato Brasileiro, em 1974.

41) Roberto Carlos, rei da música brasileira, é vascaíno. Erasmo Carlos também.

42) Chico Anísio e Renato Aragão, o Didi, dois dos maiores comediantes da história do Brasil, são vascaínos.

43) O Vasco é o clube com o maior número de artilheiros na história dos Brasileiros (sete): Roberto Dinamite, duas vezes, Paulinho, Bebeto, Edmundo e Romário, duas vezes cada.

44) O Vasco é uma fábrica de goleiros: Barbosa, Andrada, Mazzaropi, Acácio, Carlos Germano e Hélton foram formados no clube.

45) O Vasco tem o goleiro com o maior tempo invicto da história: Mazzaropi (1.816 minutos).

46) Dinamite foi o personagem do Prêmio Esso de Jornalismo de 1977.

47) O Vasco é o genuíno time da virada: em 1978, a torcida adaptou o samba da Beija-Flor "A criação do mundo na tradição Nagô".

48) O Vasco é o clube com o segundo maior número de gols em Brasileiros: 1.393 gols, atrás apenas do São Paulo.

49) Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores poetas do mundo, assim como seu amigo escritor Rubem Fonseca, eram vascaínos.

50) Ter revelado craques como Dinamite, Romário, Edmundo, entre outros.

51) Os cinco gols de Dinamite em seu retorno do Barcelona (ESP), em cima do Corinthians, no Campeonato Brasileiro de 1980.

52) Nelson Piquet, primeiro brasileiro tricampeão de Fórmula 1, é vascaíno.

53) "Vestir uma camisa que já vem até com faixa de campeão é coisa de predestinado", é frase do apaixonado Piquet.

54) O Vasco tem o artilheiro mais jovem e mais velho dos Brasileiros: Roberto, em 1974 (20 anos), e Romário (39), em 2005.

55) O Carioca de 1982, conquistado sobre o Flamengo, que um ano antes tinha sido campeão do mundo com um time repleto de craques.

56) Único a ter uma dupla artilharia em Brasileiros, em 1984: Dinamite, com 16 gols, e Arturzinho, com 14.

57) Tem dois jogadores entre os cinco primeiros no ranking de artilheiros do futebol mundial, contando competições nacionais de Primeira Divisão: Dinamite e Romário, segundo o IFFHS.

58) Único clube a fazer tripla artilharia em um Campeonato Carioca: Romário (16 gols), Roberto Dinamite (15) e Tita (12), em 1987.

59) Dinamite é o maior artilheiro da história dos Brasileiros, com 190 gols.

60) Time brasileiro com a maior vantagem em um clássico nacional: disputou 305 contra o Botafogo, com 133 vitórias, 93 empates e 79 derrotas.

61) Clube brasileiro cujos jogadores marcaram o maior número de gols com a camisa da Seleção em Copas. Ao todo, 29 dos 173 gols da Seleção.

62) A vitória de 3 a 0 sobre o Botafogo pelo Campeonato Brasileiro de 1988 foi tão humilhante que uma gandula botafoguense chorou (a legendária Sonja). (OBS: Humilhante foi o 7x0 de 2001 e o 6x0 de 2010).

63) O gol de Roberto Dinamite contra o Botafogo em 9 maio de 1976 foi eleito o mais bonito da história do Maracanã: ele deu um lençol no zagueiro Osmar e fuzilou!

64) O histórico gol de Cocada em 1988, no segundo jogo da final do Carioca contra o Flamengo.

65) Paulo Coelho, maior best-seller do Brasil, é vascaíno.

66) Guilherme Tâmega, hexacampeão mundial de bodyboard, é vascaíno.

67) O Vasco foi a base da Seleção na Copa América de 1989, quando o Brasil quebrou o jejum de 40 anos no torneio.

68) Ter escolhido jogar o primeiro jogo da final do Brasileiro de 1989 no Morumbi e mostrar que a escolha foi certa ao ser campeão na casa do São Paulo.

69) Ter visto Jardel substituir Denner à altura após sua morte, em 1994. Jardel fez os dois gols na final contra o Fluminense, que deu o tricampeonato carioca.

70) Edmundo é o maior artilheiro em um jogo em Brasileiros: fez os seis gols no 6 a 0 sobre o União São João, em 1997 - e perdeu um pênalti!

71) Pelo Vasco, Edmundo fez 29 gols no Campeonato Brasileiro de 1997 (então recorde).

72) Na campanha do tricampeonato brasileiro de 1997, o Vasco foi campeão sem perder nenhuma partida no Rio de Janeiro.

73) O samba-enredo em homenagem ao clube, feito pela Unidos da Tijuca, virou hino dos vascaínos nos estádios.

74) A bela fachada de São Januário.

75) Time pelo qual os três maiores artilheiros do Brasileiro - Dinamite, Romário e Edmundo - marcaram a maioria dos gols.

76) Gol de Juninho Pernambucano, de falta, na semifinal da Copa Libertadores de 1998, em pleno Monumental de Nuñez (ARG).

77) Único brasileiro a vencer uma Copa Libertadores no ano do seu centenário.

78) Em 1998, a área no entorno de São Januário se transformou no Bairro Vasco da Gama (e não o inverso, como com Botafogo e Flamengo).

79) O apoiador Vágner disse: "Quem não quer ser driblado, que vá ser pedreiro", para os jogadores do Fluminense, revoltados com seus dribles na vitória de 3 a 0, em 1999.

80) O mesmo Vágner humilhou o zagueiro Argel na final do Rio-São Paulo de 1999: prometeu dar uma caneta e cumpriu.

81) Único clube carioca a ser campeão internacional de Basquete: bicampeão sul-americano e da Liga Sul-Americana.

82) Único clube sul-americano a participar da final do Mundial de Clubes de basquete, em 1999 (foi vice, contra o San Antonio Spurs, da NBA).

83) Will Chamberlain, maior pontuador de uma partida da história da NBA (com 100 pontos), nasceu em 21 de agosto.

84) Único brasileiro campeão de futebol e basquete no mesmo ano, em 2000.

85) Clube que mais cedeu atletas para uma edição dos Jogos Olímpicos: em Sydney-2000 (83 atletas).

86) Gustavo Borges, maior nadador da história do Brasil, nadou pelo clube.

87) Único carioca campeão da Liga Nacional de futsal, em 30 de julho de 2000.

88) Ao lado de Cruzeiro, Internacional e Flamengo, disputou todas as edições da Série A do Campeonato Brasileiro.

89) A histórica vitória sobre o River Plate por 4 a 1, em pleno Monumental de Nuñez, pelas quartas-de-final da Copa Mercosul de 2000.

90) A antológica vitória sobre o Palmeiras, pela final da Copa Mercosul de 2000. Depois de estar perdendo de 3 a 0, com um jogador a menos, conseguiu a virada em um só tempo.

91) Ter homenageado o SBT na final de um Brasileirão transmitida pela Globo (final da João Havelange de 2000, contra o São Caetano).

92) O hino mais cantado do Maracanã, "Domingo", foi composto por Neguinho da Beija-Flor, flamenguista ilustre, que escreveu a música com o verso: "Domingo, eu vou ao Maracanã, vou torcer para o Vasco que sou fã...", em homenagem a um amigo vascaíno.

93) Melhor carioca ranqueado na CBF: 3º, atrás de Grêmio e Corinthians.

94) Por muito tempo, clube da dupla Adriana Behar/Shelda, a maior da história do vôlei de praia do Brasil.

95) Único brasileiro a ter um goleador no topo do ranking da IFFHS: Romário, em 2000.

96) A maior goleada do século em clássicos é do Vasco: 7 a 0 sobre o Botafogo, em 29 de abril de 2001.

97) Tem o recorde de vitórias consecutivas na Copa Libertadores: nove, em 2001.

98) Campeão do primeiro Sul-Americano feminino de basquete, em 2002.

99) O título carioca de 2003 sobre o Fluminense, com direito a letra do apoiador Léo Lima: "Foi um dom que Deus me deu", disse.

100) Primeiro grande clube brasileiro a ter uma escola dentro das suas dependências: Colégio Vasco da Gama, fundado em março de 2004.

101) Musas como Taís Araújo, Viviane Araújo e Camila Pitanga são vascaínas.

102) A Cruz-de-Malta, por transformar o símbolo em identidade do clube.

103) Chacrinha, o maior comunicador da história da TV brasileira, era vascaíno.

104) Em junho deste ano, foi instituída uma Lei municipal que faz do dia 21 de agosto o Dia do Clube de Regatas Vasco da Gama.

105) A bela camisa vascaína, que imortalizou a faixa diagonal e a Cruz-de-Malta.

106) O 1000º gol de Romário.

107) O 1001º, o 1002º... Ele não pára!

108) Primeiro clube do Brasil a ter estátua de um ídolo dentro do gramado: a de Romário, inaugurada em 18 de agosto deste ano.

109) Cada um dos torcedores vascaínos, que com certeza têm o seu motivo pessoal para serem apaixonados pelo Gigante da Colina.

Carioca 1998

"FOI O TÍTULO CARIOCA MAIS FÁCIL da história. Tão fácil que os outros três grandes, vendo que não tinha mais jeito, simplesmente fugiram do campeonato, alegando que o Vasco - disputando três competições simultâneas - fora beneficiado pelas mudanças na tabela. Apesar da bagunça generalizada do Campeonato Carioca e do festival de W.O., o Vasco mostra por que é o melhor time do Brasil e fica com o título. Pela primeira vez um clássico carioca terminou em W.O.

Aconteceu no dia 10 de maio. Inconformados com a marcação do jogo contra o Vasco para esse dia, os dirigentes do Botafogo tiraram o time de campo. Uma semana depois, Flamengo e Fluminense também não foram a campo para disputar o clássico Fla-Flu. Com a desistência dos outros times e o Vasco acumulando vitórias no W.O (Nem Flamengo nem Botafogo compareceram para jogar contra o Vasco no 2° turno), a equipe ganhou o seu primeiro título no ano do centenário. Recursos e mandados judiciais ainda devem entupir os tribunais esportivos por muito tempo; mas o fato é que o Vasco já está com a taça na mão e os outros grandes deixaram claro que não jogam mais o Carioca.

Foi o campeonato mais confuso de todos os tempos. Os times estavam divididos em dois grupos. De um lado, os quatro grandes mais Bangu e Americano, eterno privilegiado por ser o time de Eduardo “Caixa d’água” Viana, o presidente da federação. Os seis restantes tiveram que disputar uma fase preliminar, que classificou duas equipes - Friburguense e Madureira - para se juntar ao grupo de elite. Só que antes de a fase seletiva começar, o Vasco já jogava pelo primeiro turno.

Confuso? A bagunça iria piorar. Participando também da Copa do Brasil e da Libertadores, o Vasco adiou seus jogos, clausula que constava do regulamento do estadual. O que se viu a partir daí foi um festival de trapalhadas. Kléber Leite (presidente do Flamengo), José Rolim (do Botafogo) e Álvaro Barcelos (do Fluminense) prometendo retaliações. No segundo turno, o trio perdeu a razão e faltou aos jogos.

Apesar da balbúrdia, no gramado o Vasco fez por merecer o título. Desde o começo do campeonato, o time comandou a tabela de classificação. Venceu o primeiro turno com sobras e liderava o segundo seguido pelo Flamengo. Como o título estava quase perdido, os outros times tentaram melar a competição. Se houvesse alguma chance teriam feito o mesmo?"

Sabendo que não teriam nenhuma chance de vencer o Vasco, os rivais tentaram de tudo para melar o campeonato, afinal, para a equipe que conquistaria a Taça Libertadores da América meses depois, o Estadual de 1998 seria apenas uma preparação para títulos maiores no ano de seu centenário.

E não deu outra: conquista dos dois turnos e ridículos WO’s protagonizados por adversários que preferiam deixar de ir a campo a serem massacrados pelo Vasco. Na final antecipada, ainda tentaram cortar a luz, mas nada tiraria o título do melhor time do campeonato. Durante a "considerada final" entre Vasco e Bangu, um fato inusitado acontece: misteriosamente, a luz do estádio se apaga, gerando uma enorme confusão entre os jogadores dos dois times. O vice-presidente de futebol do Vasco (na época), Eurico Miranda, acusou, como culpados, os dirigentes do Flamengo, Fluminense e Botafogo. Das bocas de Eurico: "São quadrilheiros, incapazes e incompetentes." Até hoje não se sabe de quem foi a culpa. A única coisa que se sabe, é que o Vasco foi o campeão legítimo daquele ano, o único clube grande que respeitou estritamente o regulamento do Campeonato.

Vasco precisando da Vitória para ser campeão, gandulas sumindo com a bola, apagão misterioso aos 44 minutos do 2º tempo com o jogo ainda no 0x0, meia hora de paralisação de jogo, e depois disso tudo o juiz reinicia a partida dando mais 3 minutos de jogo. Foi o jogo que marcou a conquista do título antecipadamente, da Taça Rio e do Campeonato Carioca para o Vasco. Aos 47 minutos do 2º tempo, Mauro Galvão guardou a bola dentro da rede, Vasco 1x0 Bangu.

Eram todos contra o Vasco para que este não ganhasse o título no ano de seu centenário.